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Site Época Negócios – maio 2020/ O normal nosso de todo dia

Em meio à pandemia, mudanças pessoais ocorrem e não se aplicam a todos

Faz tempo que costumo citar em algumas palestras o filósofo Heráclito, pensador do “tudo flui” e que afirmou 500 a.c. que a mudança é a normalidade. Em seu pensamento, nós não podemos percorrer duas vezes o mesmo rio porque tudo é considerado como um grande fluxo perene no qual nada permanece e tudo se transforma e está em contínua mutação.

Depois de algumas semanas do início da quarentena provocada pela pandemia do coronavírus, não há uma só pessoa que não queira voltar à vida normal. Depois de tudo isso, no entanto, o que será “voltar ao normal”? Voltaremos à realidade que conhecíamos ou teremos uma vida diferente? São muitas dúvidas sobre o que vêm pela frente — e quando isso vai acontecer. Porém, o que será normal se concordarmos que estamos desde que o mundo é mundo em constante transformação?

Alguns governos estaduais e municipais já pensam em flexibilizar o isolamento, mas ninguém sabe ao certo como será a volta das crianças às aulas, por exemplo, ou atividades corriqueiras como ir à academia, fazer compras, viajar ou simplesmente pegar um cinema no fim de semana. Coisas simples que nem pensávamos a respeito, ganham agora uma nova dimensão. O fato é que não seremos mais como antes. O sofrimento, tanto das pessoas, como das empresas, tem sido grande. Setores inteiros, como o aéreo e o turismo, praticamente derreteram. A pandemia igualou a todos, sem distinção de classe.

Uma das grandes características do coronavírus, é que ele provocou uma antecipação forçada do futuro, aumentando a integração digital entre empresas e consumidores e tornando o e-commerce e o sistema de delivery ainda mais estratégicos. O home office também veio para ficar, já que muitas empresas perceberam que podem economizar com isso. A digitalização avançou tanto que não vamos voltar ao que era antes.

O trabalho remoto reduzirá ainda o número de viagens dos executivos. Isso sem falar no efeito dominó que demissões e home office devem ter sobre o mercado imobiliário comercial, esvaziando muitos prédios de escritórios e derrubando os aluguéis. As empresas, no entanto, se beneficiarão da redução de gastos com água, luz, transporte e alimentação dos funcionários. Por outro lado, terão que investir mais em tecnologia para garantir infraestrutura digital aos funcionários que passarão a trabalhar remotamente.

A nova realidade também provocará mudanças no estilo de vida dos profissionais. Com o isolamento, muitos empregados estão revendo suas prioridades. A convivência maior com os filhos e a família colocou a vida sob um novo prisma e muitos começam já buscam novos propósitos. A casa pode se tornar um centro não somente mais familiar, mas também um centro de trabalho, de atividade física, social e de entretenimento.

Mas por um outro olhar, nesse momento de transformação, percebo que mudanças pessoais ocorrem e não se aplicam a todos. Nesse contexto de trabalho remoto, tenho notado que os que se destacam são os mesmos que se destacavam no ambiente do escritório. Os que chegam atrasados nas vídeos e calls são praticamente os mesmos que antes chegavam esbaforidos nas reuniões com a desculpa do trânsito carregado. Os que estão se engajando em causas de ajuda direta ao próximo são os mesmos que já ajudavam. Os que estão furando a quarentena são praticamente os mesmos que furam a fila do elevador da firma sem respeito aos que chegaram antes.

Os políticos que insistem em colocar suas prioridades eleitoreiras acima das prioridades da população são outro exemplo de que por mais que o momento nos exija uma doação e evolução como seres humanos, a ganância, o poder, se sobrepõem.

Eu creio sim em uma evolução da medicina, da tecnologia, em uma evolução das relações de trabalho, um maior fortalecimento da família, maior cuidado à saúde, mas creio também que muitas pessoas continuarão suas vidas como se nada tivesse ocorrido.

O normal é o que pode ser no momento. O novo será o que enxergo como evolução, mas o velho espírito egoísta, mesquinho, de muitos ainda continuarão também prevalecendo sobre nós. Como escreveu Sandra Boccia em seu editorial da última edição da Época Negócios, bem que podiam sair em um comboio com mudança definitiva para Marte e deixarem o planeta terra para os seres humanos dispostos a evoluírem e cuidarem com amor da terra e do próximo.

https://epocanegocios.globo.com/colunas/noticia/2020/05/o-normal-nosso-de-todo-dia.html

*Adriano Lima é sócio fundador da AL+ People & Performance Solutions, conselheiro, coach executivo e palestrante

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